Çopyright pensamento, crítica e criação |
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9 de novembro de 2008 |
Corunha |
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Documentos Sonoros #6 (em vídeo WMV) Recital poético
do Pedro
Casteleiro
Tantos anos mais tarde, regressa (temporariamente?) a Çopyright. Para que? Nem sabemos. Talvez, para repetirmos mais uma vez a cerimónia do lazer. Por acaso, para fecharmos um círculo iniciado há mais de doze anos, quando a Internet galega consistia num obscuro quarto de terminais de écrã âmbar e letras lentas, e quando as noites da Corunha consistiam nos experimentos da infinita Companhia Poética da Meia-Noite (isto é, o Pedro Casteleiro) e dos poucos e das poucas poetas que o acompanhavam. Talvez não lembrem já. Mas deixem-nos dizer que a Çopyright começou, precisamente, com os 7 Poetas da Corunha, da Crunha ou d'Acrunha (nunca se sabe como é, e esperamos que nunca se saiba). Aquela era uma pulsão por fazermos chegar as suas vozes mais longe das quatro paredes desta vila. E chegaram. Sabemos que chegaram. Desde então, muitas cousas mudaram na Galiza, e muitas cousas não mudaram nada. Ultimamente, porém, adivinham-se outros ares, até nas letras, até nas assembleias que espalham, contra várias frentes, a unidade da nossa língua. A História contar-nos-á o papel que vozes poéticas e humanas como a que hoje colocamos aqui tiveram na criação deste sentir coletivo. Por enquanto, neste entardecer de Domingo calado sobre si mesmo como uma enorme e íntima larva, este número quer ser uma homenagem à constância. Se há alguém que na Galiza atual sente a poesia --fora dos lugares comuns-- e, simultaneamente, é um ser quase normal, essa pessoa é o sempre amigo Pedro Casteleiro. Desfrutem. Cancioneiro do silêncio
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![]() Ricardo Carvalho Calero e Constantino García González |